A escalada da transformação digital nas empresas levou as corporações a repensarem como fazem praticamente tudo dentro do cenário de tecnologia, desde a cultura até abordagem de programação de sistemas. Neste cenário o termo modernização da integração se tornou muito frequente para endereçar situações de evolução na companhia, por exemplo, modernização de aplicação se tornou um hype tão grande que as empresas de consultoria tem serviços específicos para realizar a evolução das aplicações legadas.
No assunto que tange a integração entre sistemas isso também é uma verdade. As corporações estão buscando alternativas para implementar soluções de integrações alinhadas as arquitetura modernas que as novas aplicações estão sendo desenvolvidas! No entanto, o cenário ainda é de avaliação de como as novas integrações modernas vão conviver e se integrar com sistemas legados que vão durar ainda muito tempo.
Princípios da Modernização da Integração
Para ajudar a desenhar uma arquitetura de integração moderna, elencamos alguns princípios de modernização de integração que acreditamos:
- Cloud-Native: toda aplicação moderna já está nascendo neste modelo e para as integrações que também são aplicações devem seguir da mesma forma. O ponto crucial aqui é estar preparado para rodar em nova stacks de tecnologias bem como preparado para ter automação, rodar em containers, escalar automaticamente, etc, ou seja, ter todos os beneficios que esta abordagem provê.
- Event-Driven Integration: considero este principio o mais importante já que a consequencia de adotá-lo traz grandes benefícios como resiliência, escalabilidade e extensibilidade. Porém a principal mudança é que as integrações são em tempo real, ou seja, não é necessário esperar o D-1 para criar um processo batch para realizar a transferência de centenas de registros no modelo em lote.
- Hybrid Deployments: as processos de integração precisam rodar em diversos cenários de implantação seja ele multi-cloud ou on-prem. Neste cenário devem existir componentes especificos para coletar e receber eventos de integração que estejam bem proximos da origem e destino das integrações.
- Security: este é um fator chave nas integrações modernas, já que com a possibilidade de rodar em múltiplos ambientes e prover integrações para além das fronteiras da corporação como por exemplo integração com parceiros, os riscos de segurança precisam ser gerenciados. Politicas de autenticação, autorização e proteção contra vulnerabilidades precisam estar em pauta nos desenhos de integração.
- Real-Time Observability: outro principio crucial é a observabilidade em tempo real, isso significa ter monitoramento e governança sobre todas as integrações e o mais proximo do tempo real. Essa caracteristica implica ter eventos de observação reativos que reagem a eventos de monitoramento como por exemplo alertas são gerados quando limites permitidos de erros são atingidos. Outro ponto importante é ter rastreabilidade de ponta a ponta, desde a origem da integração até o destino e com bastante detalhes.
Concluindo sobre a Modernização da Integração
Integração entre sistemas é uma necessidade latente que deve continuar a crescer com advento de arquiteturas modernas como cloud services, microservices e serverless. Cada vez há mais necessidade de integração entre componentes de sistemas, porém um fator importante é que ainda existe a necessidade de coexistência e integração com sistemas legados.
De fato, a arquitetura de integração deve ser evoluída e acompanhar a modernização das aplicações usando basicamente os mesmos princípios que as aplicações são construídas, desta forma terá muito mais sinergia entre as novas aplicações e os novos processos de integração no que tange principalmente a stack de tecnologias, padrões e princípios.
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