Da imaginação para o mundo real
Eu gosto muito de cinema, sejam filmes clássicos, “cabeça” ou thrillers explosivos. Eu convivo tranquilamente com com Dr Jivago e Mad Max.
Porém, meu gênero preferido de filme é ficção científica. Por conta disso, adoro ver quando a tecnologia do mundo real encosta e se aproxima daquela que vemos nos filmes!
Estamos em uma época de grandes criações e inovações. E nesse post, temos um foco: os carros!
O setor automobilístico
Como eu disse no primeiro episódio do nosso Podcast, tudo começou em De Volta para o Futuro. Nessa trilogia de filmes, vemos uma máquina do tempo instalada em um DeLorean . No segundo filme, o carro voava e a bateria era carregada com um conversor de lixo!
Ainda não chegamos nesse ponto, mas acredite, algumas das inovações que você está prestes a ler já são impressionantes o suficiente 😉
Brincadeiras à parte, pensando na perspectiva comercial , todas as etapas – desde a produção até a comercialização e relacionamento com o cliente final – estão sofrendo mudanças drásticas.
E, ao invés de inventar um gerador de energia do lixo, as empresas estão focando em criar experiências incríveis para os motoristas, em uma disputa desenfreada pelo posto de quem oferece mais opções de customização e interação para os clientes.
A experiência como diferencial
Hoje em dia, a experiência com a marca conta mais do que nunca.
A história começa bem antes da aquisição do veículo. A imensa maioria das pessoas pesquisa pelos veículos antes de sair de casa.
Enquanto pesquisa na internet qual carro comprar, o cliente espera encontrar um conteúdo personalizado e intuitivo nos sites e blogs, de forma que ele consiga todo tipo de informação da maneira simplificada.
De fato, o Marketing acaba sendo vital, através de um conceito chamado Omnichannel.
A ideia é simples: as marcas preferem que seus clientes interajam com elas através de uma experiência única e contínua.
Para que essa preocupação?
Por exemplo, pense no Netflix, onde cliente recebe a mesma informação, de forma intuitiva e fluída, seja pelo celular, TV, videogame ou outras (inúmeras) plataformas em que o serviço está presente.
Ninguém que usou o Netflix em uma plataforma se sente mal em usá-lo em outra.
Ou seja, do conforto da sua casa, o comprador toma diversas conclusões e elimina possibilidades que não sejam vantajosas para ele.
E assim que o cliente toma diversas decisões sobre seu perfil de comprador e motorista, ele vai à concessionária, onde a experiência deve ser a mais compatível possível com a sua experiência online.
Nos carros novos, os motoristas buscam sistemas inteligentes, personalizados, conectados e seguros. Só motor potente ou econômico não é mais o bastante.
Atualmente podemos esperar que o carro conecte-se com o smartphone, tenha um GPS acoplado e outros diferenciais.
Tudo para que, assim que o carro for comprado, o cliente tenha a melhor experiência possível enquanto dirige o carro e vá aos lugares que precisa.
Viu quantas vezes a experiência do comprador foi levada em conta?
Saindo da caixinha
Outro aspecto relevante é inovação. Uma empresa destaque nisso é a Americana Tesla Motors.
O seu incrível Tesla Model S é um esportivo elétrico que transborda inovação.
Seu motor elétrico é potente e silencioso, alimentado por baterias no assoalho do carro. O resultado: um centro de massa baixo, que torna o veículo impossível de capotar.
Além disto, eles têm app e API para que parceiros externos possam se conectar remotamente no carro e fazer um diagnóstico sobre possíveis problemas ou manutenção preventiva que seja necessária.
Segurança
Em um vídeo incrível, lançado em 2014, a montadora Hyunday apresenta bem como a tecnologia hoje ajuda a garantir a segurança do motorista no volante.
Além de ativar os freios automaticamente na presença de outro carro, sensores laterais detectam as faixas da via e mantém o carro, automaticamente no rumo. Veja:
Outra inovação são sensores nos pontos cegos do carro, que acionam um aviso no painel sempre que um motoqueiro, por exemplo, se aproxima do veículo em um ponto onde o motorista não consegue enxergar.
Outras montadoras têm trabalhado há anos melhorando a engenharia e tecnologias de segurança. A Volvo, por exemplo, tem uma reputação de carros seguros e um histórico incrível de inovações de segurança em seus carros.
Ainda falando sobre segurança, vale a pena falar do caso recente de carros com vulnerabilidades, expostos à hackers. Em julho desse ano, foi publicada uma reportagem no Wired, onde foi descrita a invasão de praticamente todos os sistemas do carro Cherokee, da Jeep.
Desde o ar-condicionado ao sistema de transmissão, tudo estava acessível aos hackers. A Chrysler (dona da Jeep) já está trabalhando para criar patches de segurança em seus carros.
A reportagem completa está aqui.
Sistemas inteligentes e integração com as redes sociais
Os sistemas embarcados, apesar de abrirem novos paradigmas de segurança (como hackers de carros), também trazem, por outro lado, possibilidades incríveis de usabilidade e integrações com outros sistemas.
Imagine poder fazer um check-in ou uma postagem na sua rede social favorita utilizando apenas comandos de voz?
Ou então falar uma mensagem de texto para o computador de bordo, que traduz para seu celular e envia para o contato escolhido sem você ter sequer encostado no aparelho?
Esses exemplos são muito legais, mas não são mais tão impressionantes, não é?
Afinal de contas, essa realidade é cada vez mais presente nos veículos e, simultaneamente, exigida pelos consumidores mais ávidos por tecnologia.
Uma das aplicações mais comuns é tocar música a partir do celular ou atender a uma ligação, sem tirar as mãos do volante.
É óbvio que usar o celular enquanto dirige aumenta exponencialmente suas chances de sofrer ou causar um acidente, então realmente não recomendo que faça isso em movimento 😉
Interação sem tirar as mãos no volante
Outra montadora que está fazendo um trabalho fantástico de inovação é a Ford.
O seu programa de desenvolvedores só aprova um aplicativo se ele permite que o usuário faça uso dele pelos botões no volante e comandos de voz. Quer dizer, sem precisar se distrair da direção para mexer no celular!
Para incentivar o desenvolvimento, a Ford realiza hackatons (competição de desenvolvimento de software).
Por exemplo, na lista de finalistas do Connected Car-Connected City App Pursuit, repleta de ideias bacanas, pode estar o próximo app conectado que vai ajudar a companhia a vencer neste mercado.
Genial!
O vetor das mudanças e inovações
A facilidade de comunicação entre os diferentes dispositivos internos do carro, assim como à aplicações desenvolvidas por terceiros só é possível graças às APIs.
Elas oferecem muitas possibilidades novas para as montadoras e elevam a competição a um novo patamar.
Os hackathons da Ford ou inovações da Tesla só são realidade em função das APIs.
Se você não sabe o que é uma API, ou quiser conhecer mais, fique à vontade para ler nossa série de posts O Que São APIs =)
Um futuro sem mãos nem volante
O detalhe que não pode ficar de fora de nenhuma conversa digna sobre tecnologia automotiva é que estamos às vésperas de um tempo sem motoristas!
Uma das maiores promessas para o futuro é o driverless car, ou veículo autônomo.
Diversas empresas pesquisam maneiras de criar carros que são capazes de se orientar por conta própria no trânsito, reduzindo os engarrafamentos e até mesmo diminuindo os acidentes!
Há alguns anos, céticos diziam que máquina nenhuma teria o reflexo de um ser humano ou a capacidade de decidir o que é melhor em certas situações delicadas ou acidentes.
Porém, o estágio de desenvolvimento dessas tecnologias já mostrou o seu potencial.
Por exemplo, o Google está envolvido até o pescoço no desenvolvimento de um carro inteligente e seu protótipo, apesar de longe das linhas de produção, já rodou mais de um milhão de quilômetros em pistas de teste e até em estradas reais, sem registrar nenhum acidente!
Uma perspectiva fascinante para o futuro, você não acha?
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